Que nova vida para as Instituições de Crédito?

Sabe que existe um apoio público para ajudar a pagar janelas novas em casas construídas antes de 2006?

A Caixa Económica do Porto – CEP – é uma instituição de crédito supervisionada pelo Banco de Portugal, classificada regulamentarmente por Caixa Económica Anexa, sendo a única neste momento existente em Portugal com esta tipologia.

Existem duas outras Caixas Económicas, mas estas consideradas como bancárias, que são o Banco Montepio e a Caixa Económica Mutualista de Angra do Heroísmo.

A diferença entre estas duas modalidades de caixas económicas está na dimensão, categorias possíveis de detentores do capital e as operações bancárias que podem realizar. A CEP é propriedade a 100% da Associação Beneficência Familiar, sendo os seus clientes exclusivamente do universo dos associados desta entidade.

Até ao momento, a CEP oferece remunerações muito atrativas para depósitos bancários, sempre com a garantia de capital do Fundo de Depósitos, e concede empréstimos bancários para aquelas necessidades pontuais e muito urgentes de dinheiro, mas precisando sempre como garantia do penhor de bens, neste caso o ouro. Este produto financeiro permite ao detentor de peças em ouro e matérias preciosas não vender esse bem, pagando apenas juros numa base mensal, podendo resgatá-lo quando o entender.

A CEP está numa fase final de implementação da digitalização de contas bancárias, o que possibilitará aos seus clientes o conjunto de serviços neste domínio de qualquer outra instituição bancária.

Mas, e cada vez mais, a sustentabilidade das instituições financeiras passa pela prestação de serviços aos seus clientes, dadas as menores margens da atividade tradicional de crédito e os riscos de incumprimento associados.

Entre os vários domínios de negocios que estão em implementação e apreciação pelo Banco de Portugal, a CEP disponibiliza-se para aconselhar os seus clientes, apoiando-os em necessidades e dúvidas que tenham de âmbito financeiro, bem como informando-os sobre os programas públicos de apoio existentes que lhes possam ser úteis.

A CEP, como instituição da economia social, pretende associar, sempre que possível, um objetivo desse cariz ao mero financeiro de ter lucro.

A ajuda na reabilitação de habitações de pessoas com menores rendimentos é um desses objetivos estratégicos assumidos pela CEP.

Em relação à pergunta que encabeça este nosso texto mensal, está aberto desde 7 de Setembro e na página do Ministério do Ambiente, um programa que comparticipa até 70% do custo de pequenas obras, como a colocação de janelas mais eficientes, isolamento térmico com materiais reutilizados, sistemas de aquecimento/ arrefecimento ambiente ou de águas quentes com fonte renovável, instalação de caldeiras elétricas ou de painéis fotovoltaicos, até ao valor de 7.500 euros por fração habitacional.

Cada proprietário pode submeter até duas frações ao programa de apoio "Edifícios Mais Sustentáveis", o que perfaz um valor máximo de 15 mil euros.

Trata-se de uma forma muito simples de as pessoas terem um duplo ganho: um apoio direto às obras que fazem e a sua tradução numa fatura elétrica ou de gás mais baixa.

O apoio é vocacionado para “frações habitacionais” de construção anterior a 2006, o que representa um parque edificado aproximadamente de três milhões de habitações, que não foi construído com esta preocupação de eficiência energética por inexistência destas imposições nos regulamentos de edificação.

O processo de candidatura é muito simples, consistindo no envio das faturas para análise da comparticipação.

Um cliente da CEP terá o apoio no conhecimento de programas que lhe sejam úteis e a ajuda e aconselhamento na sua concretização.

Com este exemplo, pretende-se mostrar como nos posicionamos como uma Caixa Económica dos seus associados e para os seus associados, com uma matriz identitária de base local e de muita proximidade aos nossos clientes.

José Ferraz Alves
Diretor
Caixa Económica do Porto – anexa à A Beneficência Familiar – Associação de Socorros Mútuos